A boa gestão de processos e qualidade procura não apenas reagir aos problemas, mas antecipar-se a eles. Por isso, os gestores devem buscar indicadores que tragam mais previsibilidade sobre os acontecimentos, como é o caso do Mean Time Between Failures (MTBF), em Português, tempo médio entre falhas.
Com esse indicador, entendemos os motivos que causam quedas de produtividade ou paralisações de processos. E, com esse mapeamento claro, é possível aplicar medidas preventivas e corretivas necessárias para ter a operação em funcionamento.
Sendo assim, para contar com mais uma importante ferramenta de gestão, confira o que é MTBF, quais são os seus benefícios e que cuidado ter na hora de aplicar na sua empresa!
O Mean Time Between Failures (MTBF)
MTBF é um indicador de qualidade que mede o período médio entre falhas nos processos, máquinas, computadores, equipamentos, etc. Logo, aponta necessidades de melhoria, como manutenções preventivas e preparação para evitar a interrupção dos serviços.
Inicialmente, os próprios recursos de tecnologia costumam trazer essa informação nos manuais de instrução. No entanto, nem sempre esse cálculo inicial corresponde à realidade, devido a divergências de metodologia e das condições em que as soluções são utilizadas.
Do ponto de vista da empresa, é importante fazer o cálculo a partir do histórico de falhas. Esse será um número mais confiável, que deve orientar as ações dos gestores.
Definir o objetivo do MTBF
Tudo começa por definir o que vamos medir com o MTBF. Se for um processo, consideramos todas as falhas independente do que foi a causa. Por outro lado, se for um equipamento, máquina, computador, etc., mapeamos cada solução individualmente.
Coletar dados
A seguir, a empresa deve levantar seu histórico em relação às falhas. Isto é, quanto tempo o processo ou tecnologia permaneceu em funcionamento e quantos problemas ele apresentou no período avaliado?
Em empresas jovens, pode ser difícil ter um histórico, por exemplo, quando as máquinas foram compradas a menos de um ano. Nesse caso, é importante buscar informações junto a pessoas com conhecimento sobre a tecnologia empregada, como técnicos e engenheiros.
Calcular o MTBF
O cálculo considera as duas variáveis que levantamos:
- Tempo em funcionamento;
- Número de falhas;
- MTBF = tempo de funcionamento / número de falhas.
Se, por exemplo, com 2000 horas de funcionamento, um equipamento apresentou 5 problemas, teremos um tempo médio entre falhas de 400 horas.
Os benefícios do indicador para as empresas
Ter o controle sobre o MTBF facilita os controles de processos e de qualidade. Não à toa, percebemos diversos benefícios quando o indicador é aplicado nas empresas.
Mensurar a confiabilidade
Um dos aspectos da qualidade analisados pelo MTBF é a confiabilidade. Por exemplo, se temos máquinas de fornecedores diferentes, e uma delas tem o MTBF superior, é sinal de que há maior confiabilidade, pois vai operar mais tempo sem falhas.
Evitar acidentes de trabalho
Em inspeções de segurança, a confiabilidade das máquinas e equipamentos será decisiva para evitar acidentes. Afinal, os problemas na tecnologia utilizada pelo colaborador são considerados um dos fatores de risco, que devem ser controlados pela empresa.
Reduzir custos
Existe uma relação inversa entre o MTBF e os custos da operação. Despesas com paralisações de processo, conserto e manutenção são alguns dos indicadores que caem quando o tempo médio entre falhas é maior.
Melhorar a produtividade
O MTBF também ajuda a entendermos as causas da baixa produtividade. Se houve uma performance insatisfatória e o MTBF caiu, há grandes chances de o problema estar relacionado a falhas ocorridas no processo ou na tecnologia empregada nele.
Programar medidas preventivas
Por fim, o gestor pode criar rotinas para se antecipar às falhas. É o caso, por exemplo, de aumentar a frequência das manutenções em máquinas e equipamentos que trazem um MTBF mais baixo, de ter um plano B caso esses recursos parem de funcionar ou, até mesmo, buscar fornecedores com soluções mais confiáveis.
Os cuidados na hora de aplicar o MTBF
Por se tratar de um valor médio, o gestor deve sempre interpretar o MTBF em conjunto com outras informações sobre o funcionamento dos processos. Do contrário, você corre o risco de ter uma medição pouco aderente à realidade.
Imagine, por exemplo, que 10 máquinas são utilizadas com regularidade, e outras 5 apenas quando há demanda extra. É natural que as primeiras tenham mais desgaste e chance de falhar que as segundas, que podem ser quase novas devido ao baixo uso.
Outro caso é o momento em que as quebras acontecem. Um MTBF de 100 horas não significa que todos os equipamentos falham nesse exato momento. Vale a pena, por exemplo, distribuir as informações em um gráfico X (horas de funcionamento) e Y (número de falhas) para entender em que ponto estão concentradas as ocorrências.
Os serviços de inspeção, portanto, são indispensáveis para aplicar o indicador corretamente. Por meio deles, coletamos os dados sobre os processos e tecnologia, tendo elementos para interpretar o MTBF com precisão. Além disso, é uma alternativa para verificar o cumprimento das medidas preventivas e manter os processos dentro de padrões de qualidade, minimizando as falhas.
Você pode empregar formulários digitais, controlar o andamento das atividades e emitir relatórios automatizados, utilizando nosso software de gestão. Aqui na DKRO, oferecemos um sistema completo para os serviços de inspeção, entre outras soluções de inovação.
A tecnologia dá ampla visibilidade às atividades e condições de acompanhar os indicadores-chave, como o MTBF. Logo, o gestor colhe os benefícios de conhecer a operação a fundo, tomando decisões mais eficazes para aumentar a confiabilidade e desempenho dos processos.